Todos os anos, o dia 4 de maio é lembrado pelos apaixonados pela série Star Wars (“Guerra nas Estrelas”). Em inglês, a sonoridade da data “May the fourth” lembra a frase célebre do filme com a qual os guerreiros Jedis se despedem, May the force be with you, “Que a força esteja com você”.
Ontem, tivemos mais uma Super Quarta-Feira, como o mercado financeiro chama o dia quando coincidem as reuniões dos bancos centrais aqui no Brasil e nos EUA.
O meme da data vem bem a calhar, pois as decisões tomadas nas reuniões do Copom aqui e do Fomc lá fora, vão influenciar e determinar as condições do mercado nas próximas semanas ou meses. Então precisamos mesmo que a força esteja do nosso lado!
Você já sabe que a inflação vem sendo o principal assunto da economia global, e os movimentos restritivos dos governos em suas respectivas políticas monetárias, vêm influenciando nos resultados das principais Bolsas.
Com inflação anualizada em 8,5%, a maior dos últimos 40 anos, o Fed, como esperado, acelerou o passo ontem, subindo a taxa de juros de curto prazo de 0,50%, para 0,75%. Essa foi a maior alta de juros em uma única reunião dos últimos 22 anos. Além disso, também sinalizaram uma redução de US$ 9 trilhões no tamanho do seu portfólio de ativos, apertando ainda mais as condições de liquidez que estimularam os ativos de risco nos últimos anos.
Interessante perceber que o mercado internacional “se acalmou” com a decisão do Fed, que apesar de bastante restritiva, parece afastar a possibilidade de uma aceleração do ritmo de aumento de juros nas próximas reuniões. Isso, sem dúvida, implicaria em novas quedas nos preços dos ativos de risco.

Já o nosso BC também subiu a Selic em 1%, para 12,75%. Além disso, o mercado interpretou que o comunicado do Copom aponta ainda para mais um aumento de 0,50% na próxima reunião, levando a Selic para 13,25%.
A prévia da inflação, o IPCA-15, teve alta de 1,73% em abril, acumulando alta de 12,03% nos últimos 12 meses. A percepção é que o pico da inflação foi mesmo em abril e, agora, o BC entrará em uma dinâmica de observação para confirmar essa tendência.
Na Europa, o Banco Central Europeu manteve a taxa de juros inalterada no mês passado. No entanto, o índice de preço do consumidor (CPI) da zona do euro, atingiu a máxima história de 7,5% anualizado em abril. O órgão europeu também mudou seu tom recentemente e há a expectativa de que os juros subam quando ele finalizar seu programa de compra de dívidas. Um dos pontos citados pelo BCE, é que a região é uma das que mais sofre com o conflito na Ucrânia.
O único país que segue em movimento contrário é a China. Buscando acelerar a economia, o país asiático reduziu a taxa de compulsórios bancários para aumentar a liquidez, mas não reduziu os juros.
Dois fatores contribuem para a inflação global. A guerra entre Rússia e Ucrânia, que ultrapassou dois meses e segue longe de uma solução. E a política Covid zero da China, que vem resultando em novos lockdowns e restrições e desacelera a economia do país.
Abril foi o primeiro mês de queda do Ibovespa no ano. E as quedas seguem nesse início de maio. O índice, que teve seu pior desempenho desde março de 2020, caiu 10,1% em abril. Ao mesmo tempo, o Dólar se valorizou em 3,93% frente ao Real, influenciado pelo tom hawkish do Fed e a redução do fluxo estrangeiro no Brasil.
Já nas Bolsas globais em suas moedas originais, S&P 500, Nasdaq 100 e MSCI World apresentaram desempenho de -8,8%, -13,37% e -8,43%, respectivamente.
O ouro teve valorização de 2,4%, enquanto Bitcoin e Ether, ambos em dólar, caíram 15,22% e 14,2%, respectivamente.
Já que o assunto do momento é taxa de juros e inflação, lançamos na semana passada um fundo que completa nosso quarteto com opções de Renda Fixa dentro de casa.
Você já conhece o Selic Simples, o mais rentável fundo DI com taxa zero da indústria. Totalmente pós-fixado, ele é a melhor opção para sua reserva de emergência.
Além dele, temos o RF Ativo. Esse fundo aplica ativamente em diversos instrumentos de renda fixa, principalmente em juros e títulos indexados à inflação, com mudanças táticas frequentes. Seu objetivo é ter uma rentabilidade superior ao Selic Simples, no longo prazo, com volatilidade controlada. Desde o seu início está com rentabilidade de 6,22% nos últimos 6 meses (até 29/04), superando alguns dos seus peers, como o famoso Itaú Legend…
Para um perfil de mais longo prazo, temos o Vitreo Inflação Longa, nossa opção mais volátil, com uma carteira que investe nos títulos indexados à inflação mais longos e com melhor liquidez. Atualmente aplicamos nos prazos 2050 e 2055.
E agora lançamos o Empiricus Inflação Curta justamente para completar a oferta para os investidores preocupados com a inflação de curto prazo. O fundo investirá em títulos públicos indexados à inflação com vencimento de até cinco anos, na mesma proporção que esses títulos representam na dívida pública brasileira. Esse fundo terá uma volatilidade maior que o Selic Simples e RF Ativo, mas bem menor do que o Vitreo Inflação Longa.