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A fantástica fábrica de narrativa

O episódio 48 do podcast Tela Azul recebe Paula Ponzi, sócia da Ovo Comunicação. Jornalista com larga experiência em PR e assessoria de imprensa, ela disseca um dos assuntos mais candentes do mundo dos negócios: a construção de marcas e narrativas

O episódio 48 do podcast Tela Azul recebe Paula Ponzi, sócia da Ovo Comunicação. Jornalista com larga experiência em PR e assessoria de imprensa, ela disseca um dos assuntos mais candentes do mundo dos negócios: a construção de marcas e narrativas

Com quase um ano de vida, o podcast Tela Azul, da Empiricus, propõe debates e reflexões sobre inovação, tecnologia e finanças. No mais recente episódio, o tema foi o poder da narrativa na construção de marcas e personalidades. O programa recebeu a jornalista Paula Ponzi, sócia da Ovo Comunicação, com mais de 15 anos de experiência em comunicação corporativa.

Na conversa com Vinícius Bazan, diretor de produto da casa de análise, e com os analistas Andre Franco e Richard Carboni Camargo, ela destacou que as companhias estão cada vez mais atentas ao papel da assessoria de imprensa e dos profissionais de relações públicas.

Num mundo marcado pela alta concorrência, discurso e imagem capazes de expressar valores como credibilidade e expertise são fundamentais para a prosperidade do negócio. E isso, muitas vezes, é trabalhado mesmo antes da “estreia” do CNPJ. “Algumas empresas já nos procuram antes de irem para o mercado. Já existe essa ideia de chegar e começar com uma história bem amarrada”, diz Ponzi.

A construção de marcas e personalidades pode ser traiçoeira. Se por um lado é possível apresentar ao mundo um lobo em pele de cordeiro, por outro o que não é genuíno tende a causar estranhamento e ser desmascarado. É por isso que o melhor cliente no setor é aquele que não pretende contar mentiras, mas sim destacar verdades.

No Tela Azul, o quarteto falou, rapidamente, sobre dois casos em que a narrativa não se sustentou: o da Theranos e o de empresas comandadas por Eike Batista.

A primeira, uma startup, causou alvoroço no Vale do Silício com a promessa de revolucionar o mercado de diagnósticos, com centenas de testes feitos a partir de uma única e pequena amostra de sangue.

As segundas levaram o empresário brasileiro à oitava colocação na lista dos homens mais ricos do planeta. Eike e Elizabeth Holmes não entregaram o que tinham prometido e experimentaram um declínio tão impetuoso quanto a ascensão que os tornara mundialmente famosos.

“O casamento perfeito é unir a construção de uma boa narrativa com uma boa gestão, e contar com um personagem que conecte. Afinal as pessoas se identificam muito mais com histórias de pessoas do que com de empresas.”

Ouça o programa: