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E o salário, ó: em criptomoedas!

Ao converterem o que ganham ou receberem em Bitcoin e similares, atletas ajudam a dar notoriedade ao mercado de moedas digitais

Ao converterem o que ganham ou receberem em Bitcoin e similares, atletas ajudam a dar notoriedade ao mercado de moedas digitais

As criptomoedas estão em ascensão, com mais de 106 milhões de usuários no mundo, segundo relatório divulgado recentemente pela empresa Crypto.com. Somente entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, o “público consumidor” desses ativos cresceu 15,7%. Mas há muito trabalho pela frente. As dúvidas sobre o funcionamento deles são enormes e muita gente jamais ouviu falar de Bitcoin, Ethereum, Tether, Binance Coin e Dogecoin, entre outros.

Como ampliar o interesse e o conhecimento das pessoas em relação ao mercado de cripto? E se atletas populares ou dirigentes esportivos dessem uma forcinha? Pois têm dado. No mês passado, o piloto Landon Cassill, da Nascar, anunciou ter fechado patrocínio com uma corretora de cripto chamada Voyager. Com isso, ele será o primeiro da categoria pago dessa forma. No Instagram, o americano disse que as criptomoedas já faziam parte da sua vida pessoal.

Confira outros casos envolvendo atletas:

Russell Okung, Carolina Panthers (NFL)

Entusiasta do Bitcoin, o jogador de futebol americano anunciou, em dezembro de 2020, que converteria, por conta própria, metade do valor do seu contrato (algo em torno de US$ 6,5 milhões) em criptoativos. Nunca antes na história da National Football League alguém dissera algo do tipo. Adepto da campanha #PayMeInBitcoin, Okung espalhou outdoors contra Elon Musk, CEO da Tesla, que havia feito críticas ao ativo.

Foque no espaço, Elon (em referência aos planos da SpaceX, a empresa aeroespacial do multi-bilionário).

“Conheça os fatos antes de pregar falsidades. Os bitcoiners têm uma convicção real”, afirmou o jogador no Twitter.

Sean Culkin, Kansas City Chiefs (NFL)

Em fevereiro, Culkin fechou com o Kansas um contrato de US$ 920 mil. E depois anunciou que o converteria todo em Bitcoin. Seria algo inédito entre atletas da NFL. “Seria” mesmo. Culkin, para quem a criptomoeda “é o futuro das finanças”, foi dispensado do time logo em seguida, não por causa da estratégia financeira, mas em razão da contratação de outro jogador para sua posição.

Tom Brady, Tampa Bay Buccaneers (NFL)

O quarterback e a mulher, Gisele Bündchen, se tornaram, no final de junho, sócios da corretora FTX, e vão receber seus bônus em criptomoedas. Enquanto ele será embaixador da marca; ela, Assessora de Iniciativas Ambientais e Sociais da companhia, áreas às quais a modelo se dedica há bastante tempo.

Ifunanyachi Achara, Toronto FC (MLS)

Nascido na Nigéria e atuando há cinco anos nos Estados Unidos, Achara é atacante do time, que disputa a Major League Soccer. Ele diz que optou por receber parte do salário em criptomoeda como forma de se proteger da inflação em seu país. “A taxa de inflação está nos matando. Quanto mais os Estados Unidos imprimem dinheiro durante a Covid para ajudar as pessoas, mais a nossa moeda desvaloriza”, afirmou ao site CoinDesk, em maio deste ano.

Sacramento Kings (NBA)

Na National Basketball Association (NBA), o pioneirismo é do CEO do Sacramento Kings, Vivek Ranadivé. Em uma sala do aplicativo Clubhouse, o mandachuva da equipe informou que passaria a oferecer não só aos jogadores, mas a todos da comissão técnica e aos executivos, a possibilidade de receber o salário em Bitcoins.

As criptomoedas não são novidade para a franquia. Em 2019, ela lançou o “Token Kings”, um programa de recompensas baseado em blockchain, dentro do aplicativo de jogos do Sacramento, o Call the Shot. E, no ano passado, promoveu um leilão de Ethereum, destinando o valor arrecadado às vítimas do furacão Dorian.

David Barral, DUX Internacional Madrid (2ª divisão B – Espanha)

A primeira contratação da história do futebol profissional usando Bitcoin foi a do atacante, com passagens por clubes espanhóis como Real Madrid e Levante. Time comprador, o DUX Internacional Madrid está na segunda divisão B da Espanha e é patrocinado por uma corretora de criptomoedas, a Criptan.