

A casa de análises Spiti lançou um documentário que esmiúça o day trade, alertando o público sobre os riscos da prática. Com cerca de 30 minutos de duração, o vídeo apresenta entrevistas de especialistas sobre o tema, como Bruno Giovannetti, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), Henrique Bredda, Isabella Paschuini, consultora associada da InBehavior Lab, e Aline Tavares, analista de ações da Spiti.
“Nos últimos dois anos, ganhou espaço a figura do guru do day trade. Um jovem, de carro importado (muitas vezes alugado), que faz vídeos prometendo um ganho financeiro astronômico em um curtíssimo espaço de tempo. Muita gente acaba acreditando, mas a realidade é que as chances de perder dinheiro com a prática são muito superiores às de ganhar. Ganhar dinheiro com ações é sim possível, mas não tem nada a ver com day trade.”, afirma André Gradim, cofundador da Spiti.
Estudo da FGV feito por Giovannetti e Fernando Chague com dados de 2012 a 2017 mostra que mesmo entre os 1.218 traders experientes — que fizeram pelo menos um negócio em 90% dos meses analisados — 54% perderam dinheiro, e só 62 conseguiram uma renda mensal superior a R$ 10 mil.
“Acreditamos que o day trade prejudica a visão que as pessoas têm dos investimentos. Para nós, investir não é uma corrida de cem metros; é uma maratona. Algo para ser feito durante a vida inteira, com cuidado e estudo. Por isso, queremos derrubar os mitos em torno do day trade e expor seus perigos”, diz Aline Tavares.
O documentário, gravado pela Bicho+TILT, explica como funciona o day trade, mostra como a prática se tornou um fenômeno no Brasil, como funcionam os gatilhos que levam as pessoas a investir assim e por que é tão difícil ganhar dinheiro dessa forma. Além disso, trará depoimentos de pessoas que perderam suas economias com a prática, chegando a pensar em tirar a própria vida.
Confira o documentário neste link.