Aconteceu em São Paulo, no dia 16, mais uma edição do Torq Talks, evento promovido pelo Torq, núcleo de inovação aberta para o mercado financeiro. O evento reuniu especialistas para debater a inovação em meios de pagamento no Brasil.
O primeiro painel trouxe Marian Canteiro, CEO do Banco Útil, Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, e Reinaldo Alkimin, gerente de produtos da Sinqia, para uma conversa sobre como a tecnologia está transformando o mercado de pagamentos e a importância da participação do Banco Central do Brasil no processo de fomentar e regulamentar essas mudanças.
Marian Canteiro destacou o papel fundamental da tecnologia na evolução dos meios de pagamento e acrescentou que isso é possível por conta da atuação do órgão regulador. “A gente precisa olhar para o Banco Central do Brasil e entender o quanto ele está disposto a aumentar a competitividade e trazer novas empresas, as fintechs, para contribuir com todas essas inovações, na área financeira como um todo, mas principalmente nas formas de pagamento”, disse, destacando que a abertura do BC para inovação permitiu a inclusão de empresas de tecnologia no mercado de pagamentos. Segundo Canteiro, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Fintechs (Abfintechs), o país possui mais de 1.600 fintechs em atividade.
Reinaldo Alckmin falou sobre como o Brasil tem sido referência no desenvolvimento de tecnologia para o setor, principalmente com a criação do Pix e que o BC tem sido o grande catalizador dessa evolução. “O Pix trouxe a grande transformação e inclusão digital para as pessoas, com pagamento instantâneo, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O Brasil pega um conceito mundial e transforma em algo melhor”, explicou.
Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, reiterou o empenho do órgão regulador em diminuir a concentração do mercado na mão de grandes empresas e democratizar o acesso por meio de inovações como o open banking. “Temos tecnologia, um bom regulador interessado em fazer as coisas acontecerem e a liquidez do mercado para quem quer financiar e dar vazão para esse plano de democratização do sistema financeiro, contou.
No painel “Desafios e oportunidades para empreender no open finance”, Thiago Zaninotti, CTO da Celcoin, explicou que o open banking acontece quando o agente regulador acelera a inovação aberta e, do outro lado, as empresas de pagamento se movimentam para facilitar o sistema financeiro e assim integrar as finanças. Segundo ele, o próximo desafio do BC na evolução digital é começar a pensar em tecnologia para a realização de transações offline.
Na palestra “Como as startups de destaque do mercado estão aproveitando a evolução do mercado de pagamentos”, Ana Paula Pisaneschi, CEO da UFFA, compartilhou sua experiência na linha de frente das inovações do mercado. “O mais importante para uma fintech que quer oferecer soluções para grandes empresas é ter um fast track. Você tem que ser capaz de colocar a operação no ar e testar rapidamente para que você consiga escalar e para que ela sinta segurança para te contratar.” A executiva dividiu a mesa com Felipe Santiago, CEO da Cashway; Pedro Artur Rocha, head of product da AsaaS e Thiago Iglesias, head de inovação aberta do Torq, como mediador.
Por fim, a gigante da tecnologia Google apresentou o “Google Experience no mercado financeiro”, uma sessão especial para compartilhar as experiências e visões da empresa sobre o mercado de pagamentos. Aline Pinheiro, sales account executive do Google Cloud, ressaltou a missão da companhia ao proporcionar infraestrutura para o mercado continuar inovando. “Para garantir o pagamento instantâneo e entregar para a pessoa que está na ponta essa agilidade, para que ela consiga fazer diferentes transações com diferentes empresas em um só lugar, é necessário ter uma estrutura muito sólida de arquitetura por trás, com sistemas que se falam de uma maneira segura e conectada”, finalizou.
