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Casos de suicídio no Brasil aumentam 28% em cinco anos

Segundo números compilados pela insurtech Azos, entre 2014 e 2019 as ocorrências foram de 9,7 mil para 12,4 mil

Segundo números compilados pela insurtech Azos, entre 2014 e 2019 as ocorrências foram de 9,7 mil para 12,4 mil

No mês voltado à prevenção ao suicídio e à conscientização sobre o tema, com a campanha “Setembro Amarelo” em curso, dados da insurtech Azos, empresa de tecnologia especializada em seguros de vida, apresentam um cenário preocupante. O número de suicídios no Brasil cresceu 28% de 2014 a 2019, passando de 9,7 mil para 12,4 mil.

A pesquisa, que cruzou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a base histórica de mortes disponibilizada pelo governo federal, mostra que entre os jovens de 11 a 20 anos houve um aumento de 49,6% no período. De cada 100 mortes nessa faixa etária, 3,7% são casos de suicídio. No entanto, a maior incidência é de pessoas de 21 a 30 anos (4,2%).

“É preocupante saber que a quantidade de jovens tirando a própria vida está aumentando mais de 8% ao ano, enquanto a população brasileira cresce a menos de 1%”, diz William Chung, analista de dados da Azos.

A empresa observou que o crescimento do suicídio entre jovens de 11 a 20 anos contraria a tendência de queda nas mortes em geral (ou seja, por motivos outros), registradas nessa faixa etária durante o mesmo período (-22,9%). Veja, a seguir, mais achados da pesquisa:

Prevalência em homens
O levantamento identificou que esse tipo de morte é 3,2 vezes maior no sexo masculino. Porém, o crescimento de suicídios entre as mulheres foi 15% maior do que o entre os homens nestes cinco anos.

Telemarketing e TI no topo
O suicídio entre operadores de telemarketing corresponde a 4,2% do total de óbitos registrados entre esses profissionais – incidência 3,2 vezes maior do que a média brasileira. Em seguida, aparecem programador (2,4), fisioterapeuta (2,3), publicitário (2,2), veterinário (2,1), arquiteto (1,8) e nutricionista (1,77).

Chung, da Azos, aponta ainda que a quantidade de suicídios entre professores quase dobrou em cinco anos (1,8) e entre administradores aumentou 1,6. “A tendência não está boa, principalmente para essas profissões, em relação às quais observamos um aumento anual perto de 10%.”

Alta de suicídios em Curitiba
Duas capitais chamaram atenção no estudo. Curitiba teve um aumento de 67% na quantidade de suicídios; e, por outro lado, São Paulo registrou uma queda de 62% – de 500 para 190 casos – no período.