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Aportes em startups brasileiras somam US$ 484,4 milhões em julho

Relatório do Distrito mostra que o investimento nas empresas do setor neste ano corresponde a 161,4% do registrado em 2020

Relatório do Distrito mostra que o investimento nas empresas do setor neste ano corresponde a 161,4% do registrado em 2020

O mercado de startups está em alta no Brasil. No mês passado, as companhias do setor receberam US$ 484,4 milhões em investimentos, valor quatro vezes maior ao registrado no mesmo período de 2020 (US$ 102,1 milhões). A quantidade de rodadas, contudo, foi menor: 44 contra 56. Os dados são do Inside Venture Capital Report, relatório mensal produzido pelo Distrito.

Para Gustavo Gierun, cofundador da plataforma de inovação aberta, o número expressa um crescimento consistente das startups no Brasil. “Definitivamente, o país faz parte do footprint global das empresas de tecnologia”, afirma.

Os maiores aportes foram os US$ 170 milhões captados pelo Daki, em uma rodada Series A; os US$ 58,6 milhões pelo Blu, em uma Series B; e os US$ 49,3 milhões pelo Will.Bank, também em uma Series B. As fintechs concentraram o maior número de deals (14), enquanto as retailtechs – desenvolvedoras de soluções tecnológicas voltadas para o mercado de varejo e consumo – levantaram mais dinheiro (US$ 191,6 milhões). 

No apanhado geral do ano, ainda segundo o relatório do Distrito, já são 412 rodadas de investimento em startups brasileiras, totalizando US$ 5,6 bilhões captados, montante que representa 161,4% do total investido em 2020. Na liderança entre as investidas, as fintechs levantaram US$ 2,6 bilhões, em 93 deals.

O Inside Venture Capital Report traz ainda dados sobre as fusões e aquisições entre as startups do país. Foram 18 ao longo do último mês e 134 no ano. Para efeitos de comparação, em 2020 houve um total de 163 negócios.

“O ecossistema de inovação cresce a uma velocidade surpreendente, atraindo o olhar das grandes corporações. É de se esperar que essas transações continuem a crescer, na medida em que as empresas se abrem para a inovação”, diz Gierun. “Muitas vezes, essas aquisições têm objetivos estratégicos, seja para a ampliar e otimizar o escopo de atuação, seja para entrar em um novo mercado.”  

ALGUNS DOS DESTAQUES DE JULHO NO SETOR DE M&As:   

  • A compra do Minuto Seguros e da Volanty, pela Creditas; 
  • A da Credpago, pela Loft;  
  • A do Repassa, pelas Lojas Renner; 
  • E a do Guiabolso, pelo PicPay.