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Fusões e aquisições no ensino superior aceleram na pandemia

Estudo da RGS Partners detalha comportamento do setor no período, ao longo do qual foram feitas nove transações no Brasil  
M&A ensino superior

Estudo da RGS Partners detalha comportamento do setor no período, ao longo do qual foram feitas nove transações no Brasil  

O isolamento social e o experimento massivo das aulas virtuais em razão da Covid-19 tendem a intensificar as transações de M&A no ensino superior em 2021. A avaliação é da boutique RGS Partners, que lançou um relatório inédito sobre fusões e aquisições no segmento. O documento identifica dois negócios confirmados neste ano e traz um histórico das movimentações no setor desde 2010. 

“Na comparação com o último ano, o volume de transações será maior ou, no mínimo, igual”, afirma Guilherme Stuart, sócio da consultoria. De acordo com ele, o mercado das instituições de ensino a distância passará, a partir de agora, por uma seleção natural acelerada, ao fim da qual restarão apenas as com conteúdo de qualidade e maior poder de fogo financeiro.  

“Entre os players, o grande destaque é a Cogna Educação, maior grupo de ensino privado do país. A companhia é a maior compradora em número de transações dos últimos dez anos, com 15 negócios concluídos”, diz o executivo. 

Em janeiro, a Ser Educacional concluiu a aquisição da Sociedade Educacional de Rondônia (Unesc). A negociação foi fechada por R$ 120 milhões. Em abril, a Ânima Educação anunciou a compra, por R$ 57,1 milhões, da CEFOS, mantenedora das faculdades de Direito e de Administração Milton Campos, em Belo Horizonte.  

Já em 2020, foram sete transações do tipo no Brasil. Na maior delas, o grupo Afya Participações S.A desembolsou R$ 380 milhões pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. E o ano passado foi movimentado também no exterior. Ainda segundo o levantamento da RGS, o setor registrou, em nível mundial, o maior número de aquisições e fusões desde 2013.  

Foram concretizadas 41 negociações mundo afora, sendo 27% delas nos Estados Unidos e Canadá. A Europa e a Ásia respondem cada qual por 25%, enquanto a América Latina e o Caribe representam 15%. Em termos de volume de recursos, a monta chegou a US$ 1,9 bilhão.