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O luto e a espiritualidade

CEO do Soulloop, Priscila Lima de Charbonnières: “É natural não compreender a vida após a morte, porém existe um plano perfeito” 

CEO do SoulloopPriscila Lima de Charbonnières: “É natural não compreender a vida após a morte, porém existe um plano perfeito”  

Quando pensamos em luto, logo nos vêm à cabeça a dor e a saudade inerentes a esse estado. Se uma pessoa amada deixa este plano, sentimos falta da sua presença física. Somos tomados por um enorme vazio, que dói no peito e na alma. Sabemos que vivenciar o luto é essencial para o processamento da perda e a reestruturação psicológica e emocional de quem fica. Mas que tal exercermos a prática de nos colocar no lugar do outro?  

A morte pode ser compreendida sob diferentes perspectivas. Por um lado, ausência da vida no corpo físico, e, por outro, liberação da consciência no plano invisível. A passagem da vida no corpo físico para a jornada cósmica no plano invisível costuma ser cheia de medos e inseguranças.  

Sentimento natural na experiência humana, o medo tem como uma de suas principais funções a preservação da vida. Quando esse momento da passagem chega, mesmo pessoas espiritualizadas podem, em razão do medo, esquecer momentaneamente suas crenças confortantes. Ao lembrar que nada é por acaso, a gente reconhece que as condições, mesmo adversas, foram necessárias para que a passagem daquela pessoa acontecesse no tempo e do jeito que tinham de ser. 

É importante lembrar que há um plano maior, que pode ser desconhecido para nós, mas é onde a consciência daquela pessoa está adentrando. Se a alma estiver vibrando na frequência do medo, sofrimento, culpa ou dor, terá menos ressonância com a alta frequência da jornada cósmica. Já se, ao ir ao encontro do desconhecido, a alma estiver vibrando na frequência da aceitação, coragem e desprendimento, essa misteriosa jornada será feita de forma mais leve e prazerosa. 

Como somos fortemente conectados por laços de amor, amizade e energia, o melhor que podemos fazer durante o luto é elevar a nossa frequência para gerar coragem, desapego, expansão e liberdade. Por meio dos laços de afeto e amor, essa frequência emitida por nós reverbera para a alma que está fazendo a passagem. Portanto, tão importante quanto assimilar a dor da perda psicológica e emocional, é aceitar e estimular a liberdade espiritual, para que a passagem seja leve e a jornada, feliz.  

Durante o luto, é necessário dedicar um pouco de atenção para assimilar a perda como indivíduos, e dedicar a maior energia possível para ajudar a libertar o ente querido, com aceitação e gratidão por ele ter conseguido fazer a passagem como tinha de ser feita.  

Enviar coragem, amor e luz é a maior contribuição que quem fica pode dar, a fim de que o desprendimento da alma aconteça, com leveza e sucesso. Pelo fato de sermos microscópicos para o plano universal, é natural não compreendermos a vida após a morte, porém existe um plano perfeito. 

Há um plano divino no Universo que, encarnados, não conseguimos compreender, uma vez que a nossa perspectiva é como a de quem olha a tela de um bordado por baixo. Vemos apenas nós e fios emaranhados, sem enxergar a figura que se forma na parte superior. Quando olhamos a tela do bordado por cima, visualizamos a imagem perfeita.  

Em resumo, a passagem da pessoa querida pode ter sido por puro merecimento, para se libertar das amarras no plano terreno e ter a oportunidade de enxergar a imagem perfeita, bordada na tessitura cósmica. A passagem pode ter sido uma bênção para ela.  

Vibre amor, luz e mentalize o acolhimento espiritual. 

Que o luto equilibre os mais profundos sentimentos e as mais elevadas vibrações de gratidão, coragem e liberdade.