Resposta: o mercado brasileiro de startups com foco em ESG. Inédito, estudo do Distrito mostra que essas empresas, de 2011 para cá, receberam um total de 991 milhões de DÓLARES em investimentos


Já é público e notório: o mercado de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance) cresce em ritmo acelerado. Só no Brasil, startups com soluções para práticas ambientais, sociais e de governança receberam, desde 2011, investimentos da ordem de US$ 991 milhões, como mostra o inédito Inside ESG Tech Report, estudo feito pela plataforma de inovação aberta Distrito — e que será divulgado mensalmente.
Nele, foram mapeadas 740 startups, de 28 setores, voltadas para o consumidor, para pequenas e grandes empresas, e para o governo, com impacto em uma ou mais das categorias ESG. Algumas dessas startups são B2B (business to business) e já atendem clientes de peso, como Ambev, Votorantim, Natura, Itaú e Unilever.
A distribuição dessa bolada se deu da seguinte forma: Social ficou com US$ 699,8 milhões (70,60%); Governança Corporativa, com US$ 209,6 milhões (21,15%); e Ambiental, com US$ 81,8 milhões (8,25%).
É fácil entender por que esse mercado tem atraído cada vez mais investidores. As companhias que dele fazem parte são novas, tem base tecnológica e apresentam alto potencial de crescimento (uma definição simples de startup). Some-se a isso sua vocação para estarem alinhadas com os novos tempos, nos quais sustentabilidade e impacto social despontam como palavras de ordem.
Para citar apenas alguns exemplos de startups incluídas no relatório:
Da categoria governança corporativa – A Plataforma Verde, um software que rastreia a cadeia produtiva; a Autentify, dedicada à prevenção de fraudes; e a Egalitê, que promove a inclusão de profissionais com deficiência.
Da social – O Zenklub, focado na atenção das empresas com a estrutura emocional de seus colaboradores.
Da ambiental – A EuReciclo, especializada na logística reversa de embalagens para empresas; e a Trashin, que faz a gestão e a logística de resíduos de corporações.
DISTRITO TÁ ON
O estudo não é a única novidade do Distrito. A plataforma está lançando o ESG Digital Hub, que se soma aos demais hubs digitais da empresa, dando a corporações e startups acesso direto e em tempo real a dados e análises referentes a esse ecossistema de inovação. O usuário pode interagir com empreendedores, entender os movimentos do mercado e, entre outras “checagens”, saber mais sobre os fundadores de determinada startup.
Mas o que está por trás dessas iniciativas? O CEO do Distrito, Gustavo Araujo, responde: “Nosso objetivo é conectar pessoas, soluções e tecnologias que auxiliem na gestão e geração de impacto, atendendo assim a uma demanda crescente da sociedade em direção a um mundo mais sustentável”.
Na plataforma, as empresas podem ainda cadastrar seus desafios para que startups consolidadas as ajudem, participar de eventos (ou promover), divulgar conteúdos
e iniciativas, receber reports mensais e muito mais. Tudo isso sob a orientação de um especialista em inovação.
Outra boa-nova do Distrito é o ESG Scale, um programa de aceleração para interessados no universo “Environmental, Social and Governance”. Marcado para o segundo semestre deste ano, ele vai selecionar startups para um treinamento de algumas semanas ministrado por experts. A ideia é fazer com que esses negócios se desenvolvam, atraindo investidores e parceiros, sejam ou não participantes das mentorias.
Por fim, em 22 e 23 de junho, será realizado o ESG Tech Lead, um grande evento com fórum de debates, exposição de soluções e jornada de aprendizagem executiva focada no conceito ESG. O público-alvo são líderes de empresas que desejam usar tecnologia para desenvolver práticas sustentáveis com impacto social e de governança.